quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Terry Rodgers e o Chic Decadente
Os trabalhos de Terry Rodgers ( Newark, New Jersey, 1947) fazem-nos recuar a uma Nova Iorque do final dos Anos 70, onde imperava o Studio 54, e as suas festas temáticas munta lôcas, repletas de Sex, Drugs & Rock'ndRoll.
Se olharmos com atenção, poderá aparecer, a qualquer momento, o casal Bianca/Mick Jagger, o extravagante Andy Warholl, acabado de sair da The Factory ou Helmut Newton, rodeado de top models.
Divirtam-se, com o poder da mente...
La Piscine
Para grande parte da minha Geração, A Piscina ( Jacques Deray - 1969), talvez tenha sido o primeiro filme erótico das suas vidas.
Utilizando um dos casais mais belos da História do Cinema ( equivalentes à actual dupla Brad Pitt/Angelina Jolie, mas, no meu entender, com mais carisma), que, por essa altura, já estavam separados há cerca de cinco anos, o realizador criou uma trama de ciúme e sedução, onde um maduro Maurice Ronet e uma quase ninfeta Jane Birkin, desempenham os seus papéis de cúmplices, parceiros e vítimas.
Totalmente rodado na Riviera Francesa, e jogando com o o contraste entre o calor dos dias e noites de uma burguesia endinheirada e o frio das águas da piscina, este filme deixou-nos a todos com a garganta seca e as mãos húmidas.
Aproveitem, e dêem um mergulho...
domingo, 27 de dezembro de 2009
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Betty Page deseja Boas Festas
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Lingerie: Natal despido de preconceitos
Já lá vai o tempo em que o Natal era a época de paz, amor e união entre os povos.
Hoje, Natal é sinónimo de lingerie.
Nesta altura do ano os homens portugueses perdem a vergonha e entram nas lojas de roupa interior para comprar peças atrevidas, com rendas, cintos de ligas e tudo a que têm direito.
Para oferecer às mulheres e namoradas, claro.
(…)A verdade é que a publicidade da Triumph, principalmente na época natalícia, é concebida a pensar no sexo masculino.
Hoje, Natal é sinónimo de lingerie.
Nesta altura do ano os homens portugueses perdem a vergonha e entram nas lojas de roupa interior para comprar peças atrevidas, com rendas, cintos de ligas e tudo a que têm direito.
Para oferecer às mulheres e namoradas, claro.
O processo é o seguinte: o homem português vai de carro e passa pelo outdoor da Cláudia Vieira, Rainha do Natal, em lingerie vermelha, cinto de ligas e estrelas douradas. O homem português trava, arregala os olhos, decora a marca publicitada pela rapariga seminua e imagina a sua mulher/namorada/amante/companheira na mesma pose (…)
(…)A verdade é que a publicidade da Triumph, principalmente na época natalícia, é concebida a pensar no sexo masculino.
Madalena Moniz Pereira, responsável pelo marketing e publicidade da marca, explica: "Nesta altura fazemos sempre a colecção de Natal com uma vertente mais sensual, que resulta numa maior procura por parte do sexo masculino."
O número de vendas no mês de Dezembro, pasme-se, sobe 135% comparado com Novembro.
Sofia, funcionária de uma das lojas da marca, confirma a afluência de homens nesta altura do ano e denuncia as preferências masculinas: "Normalmente pedem corpetes, fio dental, cintos de ligas e sempre em vermelho ou preto. Na maioria das vezes pedem os conjuntos que estão na montra, todos completos." (…)
é que a coisa descamba.
Há de tudo um pouco, desde etiquetas furtivamente
cortadas de outras lingeries lá de casa
a tamanhos apontados à pressa em papéis guardados nos bolsos,
até à clássica observação do peito da empregada
como termo de comparação.
Apesar destes métodos infalíveis, as trocas são incontornáveis:
"No dia a seguir ao Natal as nossas lojas recebem imensas mulheres
a trocar peças com os tamanhos errados",
conta Madalena Moniz Pereira.
Diana Garrido in Jornal i
O Amante de Lady Chatterley - D.H. Lawrence
Publicado em 1928, O Amante de Lady Chatterley foi considerado pelo Sunday Chronicle “um dos romances mais abomináveis jamais escritos”.
Pouco depois, o jornal britânico “John Bull” qualificava-o como “bestialidade”, “depravação indescritível” e “lixo”.
A escandalizada recepção da obra na altura em que surgiu — em 1932 foi publicada em Inglaterra uma versão censurada, e foi apenas em 1960 que o texto completo conseguiu circular livremente pelo país — não impediu, porém, que O Amante de Lady Chatterley se tornasse no romance mais célebre de D.H. Lawrence.
Foi, também, o último que escreveu, dois anos antes de ser internado num sanatório em França, onde veio a morrer de tuberculose.
O tema do livro (uma mulher que se apaixona por um homem de classe inferior, apesar dos constrangimentos sociais) não era novo na produção narrativa de Lawrence, estando já presente em títulos anteriores como “Pavão Branco”, com o qual se estreou como romancista, ou “The Lost Girl”.
Mas em O Amante... , além das célebres descrições sexuais entre Lady Chatterley e o guarda florestal Mellors, surge denúncia de uma sociedade industrializada, mecânica, fria e repressiva, que se opõe a toda e qualquer forma de espontaneidade.
Constance, a princípio conformada com essa rigidez monótona da classe senhorial britânica e do seu marido paraplégico Clifford, descobre o corpo masculino do amante e o seu próprio corpo, numa espécie de ritual de iniciação aos prazeres da carne e dos afectos.
Os sucessivos êxtases orgásmicos de ambos — como um turbilhão selvático que rasga as trevas da noite — cedo se transformam num amor profundo, capaz de transpor convenções sociais cristalizadas.
Perante a evolução de sentimentos, o livro adquire uma textura mais íntima, carinhosa até.
Para os que desprezaram O Amante... ou para os que o consideraram obsceno, Lawrence dirige-lhes as seguintes palavras no prefácio da segunda edição da obra, em Paris, 1929:
“Conservem as vossas perversões, se isso vos consegue dar prazer, as vossas perversões de puritanismo, ou de moderno impudor, ou de simples grosseria.
Quanto a mim, defendo o meu livro e a minha posição: a vida só é aceitável se o espírito e o corpo viverem em harmonia, se houver um natural equilíbrio entre ambos e sentirem um pelo outro um respeito espontâneo.”
Pouco depois, o jornal britânico “John Bull” qualificava-o como “bestialidade”, “depravação indescritível” e “lixo”.
A escandalizada recepção da obra na altura em que surgiu — em 1932 foi publicada em Inglaterra uma versão censurada, e foi apenas em 1960 que o texto completo conseguiu circular livremente pelo país — não impediu, porém, que O Amante de Lady Chatterley se tornasse no romance mais célebre de D.H. Lawrence.
Foi, também, o último que escreveu, dois anos antes de ser internado num sanatório em França, onde veio a morrer de tuberculose.
O tema do livro (uma mulher que se apaixona por um homem de classe inferior, apesar dos constrangimentos sociais) não era novo na produção narrativa de Lawrence, estando já presente em títulos anteriores como “Pavão Branco”, com o qual se estreou como romancista, ou “The Lost Girl”.
Mas em O Amante... , além das célebres descrições sexuais entre Lady Chatterley e o guarda florestal Mellors, surge denúncia de uma sociedade industrializada, mecânica, fria e repressiva, que se opõe a toda e qualquer forma de espontaneidade.
Constance, a princípio conformada com essa rigidez monótona da classe senhorial britânica e do seu marido paraplégico Clifford, descobre o corpo masculino do amante e o seu próprio corpo, numa espécie de ritual de iniciação aos prazeres da carne e dos afectos.
Os sucessivos êxtases orgásmicos de ambos — como um turbilhão selvático que rasga as trevas da noite — cedo se transformam num amor profundo, capaz de transpor convenções sociais cristalizadas.
Perante a evolução de sentimentos, o livro adquire uma textura mais íntima, carinhosa até.
Para os que desprezaram O Amante... ou para os que o consideraram obsceno, Lawrence dirige-lhes as seguintes palavras no prefácio da segunda edição da obra, em Paris, 1929:
“Conservem as vossas perversões, se isso vos consegue dar prazer, as vossas perversões de puritanismo, ou de moderno impudor, ou de simples grosseria.
Quanto a mim, defendo o meu livro e a minha posição: a vida só é aceitável se o espírito e o corpo viverem em harmonia, se houver um natural equilíbrio entre ambos e sentirem um pelo outro um respeito espontâneo.”
Muitas foram as versões para Cinema e Televisão, feitas a partir desta obra notável, mas a maioria ( como aconteceu em 1981, numa tentativa não conseguida, com a soft porno Sylvia Kristel) não conseguiu transmitir o clima de pulsão erótica sempre presente no livro.
Para nós, terá sido Pascale Ferran, tendo como protagonistas Marina Hands e Jean-Louis Coulloc'h, quem mais se aproximou do texto original.
"...C'est le Désir qui fait tourner le Monde !"
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Segredos de Alcova,
Some like it Hot
domingo, 20 de dezembro de 2009
Maravilha - Chico Buarque
Maravilha
Ilha de luz
Quero tua cor mulata
A tua verde mata
Os teus mares azuis
Maravilha
Também quero o teu bagaço
A força do teu braço
O afago dos teus calos
Quero teus regalos
Encharcados de suor
Antilha
Ilha de amor
Jura que a felicidade
É mais que uma vontade
É mais que uma quimera
Ai, eu quero uma lembrança
Eu quero uma esperança
A tua primavera
Ai, eu quero um teu pedaço
Entorna o teu melaço
Sobre a minha terra
Chico Buarque de Holanda
Ilha de luz
Quero tua cor mulata
A tua verde mata
Os teus mares azuis
Maravilha
Também quero o teu bagaço
A força do teu braço
O afago dos teus calos
Quero teus regalos
Encharcados de suor
Antilha
Ilha de amor
Jura que a felicidade
É mais que uma vontade
É mais que uma quimera
Ai, eu quero uma lembrança
Eu quero uma esperança
A tua primavera
Ai, eu quero um teu pedaço
Entorna o teu melaço
Sobre a minha terra
Chico Buarque de Holanda
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
(Re)Make Love
Com mais de 30 anos de diferença estas duas fotografias,
de Ricardo Tinelli, a mais recente,
de Ricardo Tinelli, a mais recente,
e do grande Helmut Newton, a original,
debrucemo-nos antes para as diferenças.
A começar, pelas modelos.
A ambiguidade, o ar andrógino e , em simultâneo, perverso,
de Charlotte Rampling deixa a anos luz a pose estudada
de Eva Green ( basta ver a inclinação da primeira,
prestes a deitar-se sobre a mesa,
contrastando com o falso pudor da segunda).
Até o barroco do espelho a p/b, com o seu toque visconttiano,
vence o estilo nouvelle republique, repleto de colorido.
Mas isto devem ser considerações
de um apaixonado da Rampling ( e do Newton)...
Erotismo sem intervalos
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
A Insustentável Leveza do Ser
A adaptação ao Cinema do romance de Milan Kundera, feita por Philip Kauffman, retrata a história de um jovem médico ( Daniel Day-Lewis) que percorre Praga numa busca incessante por sexo e paixão.
Uma das muitas cenas em que o erotismo está presente, mesmo que apenas insinuado, é esta com Juliette Binoche, em início de carreira, e uma estonteante Lena Olim.
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