O corpo é praia a boca é a nascente
e é na vulva que a areia é mais sedenta
poro a poro vou sendo o curso de água
da tua língua demasiada e lenta
dentes e unhas rebentam como pinhas
de carnívoras plantas te é meu ventre
abro-te as coxas e deixo-te crescer
duro e cheiroso como o aloendro
Natália Correia
in "Eros de passagem, Poesia erótica contemporânea",
Ed. Campo das Letras, Porto, 1997
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
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